Inventado no século XIX, o plástico foi difundido após a Segunda Guerra Mundial. Os polímeros antigos deram origem aos muitos plásticos que conhecemos hoje, como o náilon, o dácron, o isopor, o polietileno, o PVC, o teflon e o vinil.

A importância do plástico no nosso cotidiano é evidente. Ele está presente na maioria dos objetos que utilizamos: garrafas, canetas, cadeiras, botões, canos, chips, computadores... Existem muitos tipos de plástico, com características muito variáveis, adequados para fins específicos. Mas, no geral, esse é um material leve, limpo e durável.

Limpo entre aspas, é bom ressaltar. Apesar de facilmente lavável, o que torna seu uso muito conveniente, o plástico é uma das maiores fontes de lixo do planeta. Sua vida útil é muito curta e sua decomposição, muito longa: leva mais de 100 anos. O lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plásticos, conforme o local. São materiais que, como o vidro, ocupam um considerável espaço no meio ambiente.

A solução seria a reciclagem. Plásticos, derivados do petróleo, são 100% recicláveis.Porém, do total de plásticos produzidos no Brasil, só reciclamos 15%. A razão mais provável para a escassa utilização deste método é bastante simples: a reciclagem exige esforço. Esforço por parte do consumidor que tem de separar os vários tipos de materiais, algo que nem toda as pessoas estão dispostas a fazer; esforço e dinheiro por parte das empresas responsáveis que têm de criar centros de reciclagem, eco-pontos e transportes. O próprio processo de reciclagem do plástico causa também vários problemas, visto que existem cerca de 50 tipos de plástico diferentes e centenas de variantes cada uma com as suas propriedades e características, o que exige um processo específico de reciclagem. Apesar de tudo isto, todos os tipos de plástico são recicláveis.

A fabricação de plástico reciclado economiza 70% de energia, considerando todo o processo desde a exploração da matéria-prima primária até a formação do produto final. Isso pode ser entendido como uma alternativa para as oscilações do mercado abastecedor e também como preservação dos recursos naturais, o que pode reduzir, inclusive, os custos das matérias primas. O plástico reciclado tem infinitas aplicações, tanto nos mercados tradicionais das resinas virgens, quanto em novos mercados.

É a recuperação da energia contida nos plásticos através de processos térmicos. A reciclagem energética utiliza os resíduos plásticos como combustível na geração de energia elétrica. A energia contida em 1 kg de plástico é equivalente à contida em 1 kg de óleo combustível. Além da economia e da recuperação de energia, com a reciclagem ocorre ainda uma redução de 70 a 90% da massa do material, restando apenas um resíduo inerte esterilizado.

As vantagens que a utilização do plástico apresenta sobre outros materiais são muitas, porém é necessário praticar um consumo consciente. Algumas dicas: